
A situação humanitária no Iémen
04.02.2016
A crise no Iémen deve ser encarada como prioritária e urgente. A incapacidade de transitar para um regime democrático criou condições para um surto de violência, de muitas tensões tribais, de insegurança generalizada e a paralisia económica do país. A intervenção militar no Iémen conduzida pelas forças sauditas e a utilização de bombas de fragmentação, que são proibidas a nível internacional, conduziu a uma situação humanitária dramática. No Iémen, o início do conflito, pelo menos 5979 pessoas foram mortas, cerca de metade das quais civis, e 28 208 pessoas foram feridas.
Subscrevo a preocupação alarmante da situação humanitária no Iémen, caracterizada por uma insegurança alimentar generalizada e desnutrição aguda, ataques indiscriminados contra civis, médicos e membros de organizações humanitárias, destruição de infraestruturas civis e médicas causadas pelo conflito interno já existente e pela intensificação dos ataques aéreos da coligação dirigida pelos Sauditas, combates terrestres e bombardeamentos, apesar dos repetidos apelos para uma nova cessação das hostilidades.
É fundamental que todas as partes respeitem o Direito internacional humanitário e o Direito internacional em matéria de direitos humanos, assegurem a proteção dos civis e se abstenham de visar diretamente infraestruturas civis, em particular instalações médicas e sistemas de abastecimento de água.